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A economia do amor

Até pouco tempo atrás palavras como economia e amor não poderiam estar na mesma frase. Tenho uma carreira de mais de 30 anos e ao longo desse período observei com curiosidade os movimentos do mercado e as atitudes das empresas. E sempre me perguntei por que a felicidade e o amor são tão distantes do ambiente corporativo.

Não faria todo sentido as empresas manterem a sua essência e ainda gerarem oportunidades criando felicidade? Ou então colocarem os interesses do coletivo antes dos interesses individuais. E fazerem negócios escutando as aspirações mais profundas das pessoas, ao invés de focar apenas no lucro e no crescimento econômico?

Termo de origem grega, economia é a união de eco que significa casa e nomos que quer dizer gerir. Então, na essência, economia é a arte de administrar a casa, que pode ser o nosso lar, a empresa, o planeta. Hoje muitos já pensam em economia não apenas relacionada ao desenvolvimento financeiro ou acúmulo de bens, mas sim como um novo paradigma que gera valor real ao desenvolvimento do planeta, dando atenção às pessoas, animais e natureza em todos os seus aspectos tratando com respeito a casa maior que nos acolhe.

Talvez pudéssemos criar um mundo onde a escassez não exista e todas as pessoas substituam suas moedas por amor. A moeda Amor é universal, permitindo a qualquer um trocar medo por coragem, tristeza por alegria, ganância por generosidade, dúvida por certeza, limitação por oportunidade. Isso seria possível, desde que nossa ação pudesse determinar essa nova economia: a economia do amor.

O amor nasce da ação transformadora e da aceitação plena de que nada somos sem o olhar cuidadoso e dedicado ao outro, humanos ou não. Esse entendimento dá sentido à própria vida e eu te pergunto como o trabalho de cada um de nós pode ser um pouco mais do nosso amor palpável?

Quando encontramos formas de tornar o amor concreto por meio do trabalho, nos colocamos a serviço e as empresas são transformadas, modificando também o que conhecemos como economia.

Descubraque as coisas mais importantes que você tem para oferecer não são coisas, mas sim sua escuta, seu tempo, sua presença. Essa nova disposição transforma consumo em reaproveitamento, escassez em abundância.

Expresse gratidão reconhecendo a plenitude e impermanência da vida. O servir não acontece quando temos algo para dar. Ele desabrocha naturalmente quando não temos nada para tirar. E esta disposição transforma a competição em colaboração por um mundo sustentável em todos os sentidos.

O que cada um de nós pode fazer são pequenas oferendas de serviço, criando assim um campo para a mudança mais profunda, que levará a um espiral de transformação da própria economia e da sociedade. Se a mudança começa em nós é possível trabalhar, florescer e praticar diariamente a Economia do amor.

*Artigo originalmente publicado na coluna O Poder da Colaboração, da Izabella Ceccato, na Revista Bons Fluídos/Viva Saúde da Editora Escala.

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